quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Projeto Intermodal apresentado ao empresariado ilheense e sindicalistas

Projeto Intermodal apresentado ao empresariado ilheense e sindicalistas PDF Imprimir E-mail
Escrito por Jamesson Araujo
Qui, 01 de Outubro de 2009 19:07
ASCOM PMI
images/jpg/PINHEIRO.jpgO projeto do Complexo Intermodal Porto Sul, principal aposta dos governos federal e baiano para desencadear um novo ciclo de desenvolvimento na região, foi apresentado ao empresariado ilheense e sindicalistas, na manhã de hoje (1º), no auditório da Associação Comercial (ACI), e à tarde, no salão nobre do Palácio Paranaguá. A apresentação contou com a presença do secretário estadual de Planejamento, Walter Pinheiro, dos representantes da Casa Civil, Álvaro Brito, e das secretarias estaduais de Planejamento, Mateus Dias, e Indústria e Comércio, Antônio Carlos Matias, além dos consultores Elder Ribeiro e Carlos Alberto de Nóbrega. O Porto Sul é parte de um grande complexo logístico produtivo que envolverá também a construção de um novo aeroporto, uma ferrovia de integração Leste/Oeste, uma área industrial, uma Zona de Processamento de Exportações (ZPE) e novos acessos rodoviários.

O encontro, aberto pelo secretário municipal de Governo, José Nazal Pacheco Soub, representando o prefeito Newton Lima, contou também com a presença dos secretários Paulo Goulart (Planejamento) e Alfredo Landim (Desenvolvimento), e, durante a apresentação do projeto, o representante da secretaria estadual de Indústria e Comércio, Antônio Carlos Matias, sugeriu a formação e consolidação de um grande pacto entre o Governo do Estado e os empresários do município visando à efetivação do projeto, “que, sem dúvida alguma, irá mudar a realidade sócio-econômica de Ilhéus e da região”. Na oportunidade, ele enfatizou que o objetivo central do complexo intermodal vai muito além de assegurar o escoamento de minérios. “O que está proposto aqui é um grande e inovador projeto de desenvolvimento, que nasce preocupado com todos os requisitos necessários à melhoria da qualidade de vida das populações diretamente envolvidas”, comentou.

A exemplo das oportunidades anteriores, foi mais uma vez garantido que, após a análise de várias áreas, a Ponta da Tulha foi a que apresentou as melhores condições para o recebimento do complexo. “Entre as vantagens identificadas, fundamentais para a viabilidade de um porto que estará a 2,5 quilômetros da orla, o local apresentou fundo rochoso e baixo assoreamento, além de menor dragagem e terraplenagem”, exemplificou. Durante sua explanação, Matias Cordolene destacou também que o Projeto do Porto Sul encontra-se marcado por duas realidades que não se contrapõem: industrialização e sustentabilidade. “E sustentabilidade não apenas no sentido ambiental. O mundo clama por produtos que assegurem desenvolvimento, mas que, da mesma forma, gerem qualidade de vida”, disse.

Por sua vez, o secretário Walter Pinheiro reforçou o fato de que o Porto Sul não nasce com o objetivo específico de escoar commodities ou de atender a uma demanda presente e específica. “Na verdade, queremos estruturar as existentes e atrair várias outras. Nesse panorama, vale ressaltar, o minério e os grãos serão apenas os primeiros elementos, as chamadas demandas âncoras”, garante. Segundo ele, outra realidade que precisa ser ratificada é que, em linhas gerais, o Produto Interno Bruto (PIB) não é formado por commodities, mas pela transformação delas em produtos finais. “E é isso que precisamos trabalhar. É nesse sentido que vamos caminhar. Em 20 anos, essa região poderá responder por cerca de 10% do PIB baiano”, afirmou.

O consultor Elder Ribeiro informou ainda que o Governo do Estado confia numa espécie de sinergia do complexo intermodal com as atividades econômicas estabelecidas em Ilhéus e em todo o Sul da Bahia, como o turismo e a cacauicultura. “Ilhéus já possui uma grande logística, uma vez que já possui porto. Além disso, sempre foi muito produtiva com o seu cacau e, por conta desse produto, foi a segunda força industrial da Bahia. Queremos, com esse grande projeto, reafirmar essas vocações. Agora, evidentemente, dentro de uma nova concepção de desenvolvimento”, completou.

Com relação à área de influência do novo equipamento, o consultor Carlos Alberto de Nóbrega revelou que ela pode ir muito longe. “Além de Tocantins e Goiás, poderemos chegar ao Norte de Minas Gerais e, até, a produção agrícola de Mato Grosso”, declarou, acrescentando que para explorar todo o potencial identificado, o Porto Sul precisará ser também bastante competitivo. Durante sua apresentação, Nóbrega informou que uma série de estudos continuam sendo realizados, muitos deles norteados pelo plano diretor do complexo, que, entre outras atribuições, vai orientar os investimentos a serem realizados na área urbana.

Além do vice-prefeito Mário Alexandre e do prefeito de Uruçuca e presidente da Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc), Moacir Leite, o encontro contou com a presença de representantes dos sindicatos dos Servidores Públicos de Ilhéus (Sinsepi), Sindtáxi, dos Comerciários, dos Arrumadores, dos Estivadores e dos Trabalhadores em Construção Pesada (Sintepav). Também participaram da reunião os diretores da APPI-APLB-Sindicato e Direc-6, e diversos empresários.

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